PÓS MODERNIDADE E SEUS IMPACTOS NA SUBJETIVIDADE: LIBERDADE OU CAOS?

Por: Andrea Morganti; Natália Vidal; Valéria Lisondo

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RESUMO

Quais fenômenos característicos vivemos nessa época? O que a Psicologia tem a se rever, e a contribuir sobre as novas subjetividades? Para onde caminhamos?

A pós-modernidade é o incessante questionamento dos “velhos" valores admitidos como verdades. Nada permanece rígido, os padrões são derrubados, reivindica-se o direito de cada um poder ser autor da própria vida. Surgem novas configurações institucionais, familiares, relacionais. Algo muito característico emerge, gerando impactos expressivos no desenvolvimento das pessoas, marcas de estruturação psíquica características do nosso tempo.

Nesse cenário, um leque sem fim se abre, convidando-nos a explorar cada possibilidade e oportunidade. Há certo compromisso com a flexibilização e a recusa de tudo aquilo que perpetua um modelo tradicional. Permanece a atmosfera de busca incessante pelo prazer e realização pessoal. Os impulsos são atendidos prontamente, os desejos realizados quase que imediatamente, pouco tempo-espaço sobra para a hesitação reflexiva, ponderação e coerência ética social.

A supressão do pensamento frente ao ato abre mão da oportunidade de desenvolver recursos psíquicos mais sofisticados, incluindo a reflexão crítica, o senso de alteridade, a capacidade de simbolização, a manutenção dos vínculos. Freud falava da importância de abdicar dos impulsos e desejos individuais em troca da manutenção dos acordos sociais e segurança. Onde falta a palavra sobra a violência.

Como alargar a experiência da liberdade e responsabilidade garantindo ao mesmo tempo uma ordem social e a conservação mínima de um exercício em prol do coletivo? Como favorecer e fortalecer a construção de subjetividades criativas ao invés de pouco desenvolvidas e individualistas (narcísicas)?